terça-feira, 3 de janeiro de 2012

as coincidências riem da minha cara

se me distraio em outra literatura... alguma palavra me resgata para tua
se saio do quarto e tento me distrair com a televisão na sala... meu vizinho resolver cantar roberto bem alto
se mudo de canal na TV... está passando justamente o nosso primeiro show juntos
se escondo lembranças dentro do guarda-roupa... são elas que caem no chão, me mostrando tudo, quando tento pegar um livro inalcançável
se penso em ti no ônibus... é teu nome que aparece no letreiro luminoso do restaurante
se sonho com teus beijos... acordo com a TV da sala ligada enquanto toca nossa música em um programa qualquer
se me toco pensando em ti... é uma mensagem tua que chega inesperadamente no celular
se coloco as músicas no aleatório... são sempre as nossas que vão se encontrar

as coincidências riem da minha cara
quando assustada eu ponho a mão na cabeça
e me pergunto: "o que será que isso quer dizer?"

Um comentário:

  1. Esse texto me lembrou uma música da Adriana Calcanhotto. Chama "Sudoeste" e diz assim:
    "Tenho por princípios nunca fechar portas. Mas... como mantê-las abertas?".

    E eu te pergunto: como mantê-las abertas?

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