quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

frio na barriga faz mal.

Te ver chegar, me olhar e pegar nos meus cabelos como se essa fosse a tua maneira de me cumprimentar.
Te olhar debaixo para cima como se eu quisesse saber quem tu és pela maneira como amarras teu cadarço.
Entrar no teu carro e de propósito não falar nada, para que leves tua mão até meu queixo e fale "boa noite, você está linda com esse vestido"
Fingir te ignorar a noite inteira para que no final tu peças licença para me beijar...


Meu frio na barriga que tu dizes que é o mesmo que o teu, faz mal pro depois.Mas vem que te deixo dormir fazendo eu esquecer de todo depois que fez mal.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eu sabia que o Otto queria me dizer alguma coisa naquele dia que cruzou comigo na Paulista...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quantas pessoas você vai matar até que consiga acertar um tiro na sua testa?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Deus se veste de azul para se disfarçar no céu.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

ao amor que precisa dormir.

Dorme, amor
deita e dorme
sossega esse pulsar no peito
e dorme até que seja a hora de acordar
(se um dia for)

Já não aguento, amor
essa saudade, mas
vai, dorme!
e se um dia quiseres acordar, vem!

Aproveita, amor
que já não tem pé gelado na tua perna
e nem neuras diárias


Dorme sorrindo
lembra de mim dormindo
pra que tu sonhes com meus abraços
pra que tu deites no meu cansaço

'Dorme que essa vida não é nada', amor
dorme que essa distância não dura
dorme que a noite é longa
e a nossa vida nada curta

Dorme amando, amor
mesmo que seja outra
mesmo que seja a mesma
mesmo que não seja
mas acorda pra mim depois

Dorme, dorme, e esquece a tua melancolia
Dorme e esquece os meus beijos
os teus erros
os meus

Dorme, amor
que o dia certo de acordar chega logo
e quando chegar
que venha pra acalmar e matar
a danada da saudade que não te deixa dormir
"eu vou dar o meu desprezo pra você que inventou
que a tristeza é uma maneira da gente se salvar depois"

sábado, 7 de janeiro de 2012

Despedida

adeus : a pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.


[Rubem Braga]

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

as coincidências riem da minha cara

se me distraio em outra literatura... alguma palavra me resgata para tua
se saio do quarto e tento me distrair com a televisão na sala... meu vizinho resolver cantar roberto bem alto
se mudo de canal na TV... está passando justamente o nosso primeiro show juntos
se escondo lembranças dentro do guarda-roupa... são elas que caem no chão, me mostrando tudo, quando tento pegar um livro inalcançável
se penso em ti no ônibus... é teu nome que aparece no letreiro luminoso do restaurante
se sonho com teus beijos... acordo com a TV da sala ligada enquanto toca nossa música em um programa qualquer
se me toco pensando em ti... é uma mensagem tua que chega inesperadamente no celular
se coloco as músicas no aleatório... são sempre as nossas que vão se encontrar

as coincidências riem da minha cara
quando assustada eu ponho a mão na cabeça
e me pergunto: "o que será que isso quer dizer?"

Tudo vazio de tão cheio.

Paro para pensar que melhor seria parar de pensar.
Envolvida em nada me lanço nos braços de ninguém buscando somente um vazio para preencher o meu cheio que já atormenta tanto.
A boca vazia, sem dentes, sem língua, logo sem paladar busca que o inesperado impressione e a encha de orgulho.
Os braços miúdos e as pernas sem pelos se arrepiam sem que ninguém perceba.
A cabeça gira, gira, gira e não me deixa tonta.
Estou imune ao mau que faz o mundo.
Cheiros não me atormentam mais, ouvir tua voz longe já não me atormenta mais, pensar diariamente naquilo já não me atormenta mais.
Solto o cabelo no mundo e tento envolvê-lo com o cheiro do meu xampu, mas consigo apenas alcançar tuas narinas enquanto tua cabeça descansa no mesmo travesseiro que o meu.
Te puxo para perto, tu te impulsionas para longe, te deixo ir.
Tua boca prova outros beijos, outros gostos, outro sexo. E gostas.
Minha boca cala, meu corpo se abre, os botões da minha camisa caem e deixam meus seios amostra.
Ninguém viu, nem eu, quando os botões caídos silenciavam minha morte.
A morte do que eu não fui, o grito para os ouvidos dos surdos.
Não sou nada e sou tudo.
Fui nada e fui tudo para você, mas ser amado por mim te incomodou.
Recolho minha face estampada nos jornais, meu corpo estendido no meio da rua, recolho as rosas jogadas no chão e rasgo as páginas do livro do amor... enquanto não escrevo outro.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

~ 1 perdido

Não eram 7 gatinhos, 7 pecados capitais, nem as 7 letras do meu nome
Mais foi no dia 7 que eu comecei a namorar vc.

[07/08/2011]

domingo, 1 de janeiro de 2012

é que quando eu te vi eu senti que era você quem eu esperava
é que quando eu te abracei eu não queria mais nada na vida

[só ficar pra sempre nos teus braços]