sábado, 29 de outubro de 2011

se fudeu

Se ele tá confuso?
Se ficou confuso?
Sempre foi confuso?
Estranho
Se cantou sem querer?
Escreveu sem saber?
Amou o espelho?
Se um dia ela esteve nele?
Ele sempre esteve nela...
Mas depois achou melhor ignorar.
Se a vida passa?
Passa sim...
Argumentou sem costumes
Viu que era ruim o que era bom
e cansou

-já vai embora?
-fica um pouco mais
-eu não te quero mais

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Paradiso

Sobre ele não entendo muita coisa...
Mas me basto a pisar cautelosamente em seu peito para que não faça barulho; sento devagar em sua cadeira; ora estico as pernas, ora mantenho-as flexionadas pro sangue não parar (sangue parar, hunf... impossível com ele); respiro fundo e olho fixamente para o que me chama mais atenção, os seus olhos...
Nunca vi brilho tão intenso quanto aqueles olhos, olhos em tela, com som as vezes forte, com som as vezes fraco, mas sempre sempre intenso em meus ouvidos.
Os movimentos, que também são meus muito embora eu não esteja projetada, me deixam excitadíssima.
E ele sempre consegue me causar a mesma sensação só com o primeiro passo que dou em direção ao seu corpo.
Não lembro da nossa primeira vez, foi cedo demais... Mas não tive medo. E pra mim ele sempre foi e sempre será mágico.
Não preciso de mais nada quando estou dentro dele, não preciso e não é por simples egoísmo. É porque não existe melhor momento do que aquele que chego, me sento, choro, sorrio e saio feliz...
Ai o cinema, bendito seja o dia em que eu o conheci.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

lágrimas geladas

É que já fazia tanto tempo em que ela não chorava que as lágrimas desceram geladas.
Então lembrava que todo aquele tempo passado que ficou chorando não ensinou nada.
Sofria pelas mesmas coisas, borrando a maquiagem e deixando todas as pessoas do ônibus perceberem que ela estava tão triste.

domingo, 9 de outubro de 2011

A paz exagerada do domingo.

Todo domingo tem sabor de paz exagerada...
É quando depois de acordar eu arrumo todas as minhas armas para guerra de segunda

onde eu sempre saio derrotada...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Eu não sei rimar, mas por você eu tento.

Se fosse possível parar pra pensar
Se possível fosse pensar pra se parar
Se de nada adiantasse tentar rimar
Se alguém divagasse que o melhor é tentar
Seria o dia em que eu me levantaria como um vulcão em erupção
Minhas pernas tremeriam, eu aguniada ficaria, e vc chegaria com uma canção
“amor, fiz uma música”
E enquanto as suas mãos segurariam as minhas
Meu ouvido todo se abriria pra aceitar tuas palavras
Abririam como minhas pernas se abrem pra te deixar entrar
Abririam como meus braços se abrem pra te abraçar
Abririam como aquelas janelas do hotel se abriram pra gente fumar
De nada bastaria neurar, me lamentar, ou até tentar entender o porquê da gente ser assim
Porque nada nada aqui me deixa mais estática do que pensar que a vida pode ser bem amarga se você não estiver nela.
Então eu desisto de poesiar, rimar, chorar e corro pro seu banheiro pra banho juntos a gente tomar.