sábado, 19 de maio de 2012

o amor foi ao parque de diversões.

fui te buscar no meu chapéu mexicano.
rodopiei no ar com as mãos soltas
até alcançar as tuas que estavam levantadas
enquanto tu descias a montanha russa.
seguraste as minhas mãos e nos transformamos
em um pirulicoptero.
fomos levados pelo vento como se fossemos dois pássaros.
antes de chegarmos no chão rolamos na cama elástica
rolamos e pulamos, e rimos e com rimas NUS amamos.
atrasando o fim da nossa ida ao parque de diversões
resolvemos entrar no castelo e brincar
eu era a princesa, você era o mordomo
você, como mordomo, brincava de servir minhas coxas com beijos
eu, como princesa, obrigava você a obedecer os desejos do meu coração.
vivíamos em um reino bonito onde havia tanto amor.
quando saímos do castelo os cavalos esperavam a gente no carrossel.
enquanto girávamos com eles o mundo brincava de dançar
e quem escolhia a música eramos nós.
o tal mundo nem reclamava, acho que tínhamos um gosto bom para música.
quando deu fome paramos na xícara maluca para tomar suco de melancia.
era uma xícara maluca mesmo.
rodar com você não dava nenhuma dor de cabeça.
descer dos brinquedos dava.
no kamikaze não aguentamos por muito tempo, fomos enjoando
e você não mais aguentando. paramos.
você não quis mais me acompanhar. saiu do parque sem nem dizer tchau.
eu subi na roda gigante e la fiquei ansiosa a hora dela chegar em cima e eu alcançar o céu com as mãos que agora estavam vazias.

Um comentário:

  1. Eu morro de orgulho de ti.

    Caramba. Teu talento é imenso.

    A raiva que eu sinto é que parece que cê é a única pessoa do mundo que não enxerga isso.

    Melhor metáfora do ~auge do sentimento~ que eu vi em muito tempo. Nem sei se foi essa a intenção, mas pôxa, faz todo o sentido do mundo.

    Afinal,
    "rodar com você não dava nenhuma dor de cabeça".

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