escorpionina-filha-única
adeus, maria fulô .
sábado, 9 de maio de 2015
poeta triste, escreve no meu corpo nu com a tua boca
e diz aqui no meu colo tudo que tu tens medo de dizer.
poeta triste a vida passa, não perdes tempo e me suja com teus rabiscos
antes que eu precise ir embora.
não volta atrás, o passo adiante já foi dado, aproveita e deixa isso de lado.
vem e desenha nas minhas coxas a tua letra desajeitada e pudica.
aproveita e me lambe antes
poeta triste eu nunca te falei, mas teu beijo é morada onde eu queria estar
e a tua boca, em contraste com a minha que é tão firme, me escreverá o que tu me diz com os olhos toda vez que com os meus eles precisam encontrar.
porque a beleza dos teus versos e a maneira que tu veneras o amor me faz querer ser tua página em branco.
vem, tem espaço na minha barriga, nos meus seios, na minha bunda.
segunda-feira, 2 de março de 2015
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
[Paulo Leminski]
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